segunda-feira, 25 de abril de 2016

A certificação e formação de professores

Com a modernização capitalista surge a necessidade da universalização da escola básica que passa a oferecer acesso para toda a população, atendendo dessa forma as demandas do mercado de trabalho. Ao longo dos anos, novas mudanças na política educacional brasileira foram surgindo com interesses em atender o mercado capitalista, alterando assim, a formação e certificação docente.
Medidas propostas na Conferência Regional realizada no ano de 2002 resultaram na flexibilização do exercício do trabalho docente, tornando a prática de lecionar uma segunda opção que divide espaço com outros ofícios que diminuem o tempo de dedicação do professor na escola. No entanto, proporcionou a criação do Curso Normal Superior e dos Institutos Superiores de Educação, com o propósito de exercer a prática em sala de aula, deixando à margem o embasamento teórico científico em educação; apesar do crescimento das universidades e  da expansão dos cursos, a qualidade do ensino permaneceu baixa. Na tentativa de melhorar o ensino foram criados os cursos de pós graduação profissionais, que também mostraram falta de qualidade; criação das licenciaturas e do bacharel em Pedagogia. 
Todas essas modificações têm acarretado consequências sobre a profissão docente; passando a exigir mais do professor, avaliando e responsabilizado-o pelos resultados dos alunos; nesse contexto é cobrado atitudes e deveres que não cabem ao professor que não foi formado para tanto, gerando assim uma cadeia de deficiência no ensino. Observa-se que com a expansão das universidade torna-se maior o número de pessoas ingressado em cursos das licenciaturas, procurado apenas uma formação e certificação  que possa lhe garantir um melhor salário, visto que o mercado capitalista avalia o profissional através de notas ou maior formação curricular.

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